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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Economia: Entenda como a crise internacional pode atingir seu bolso

Economia: Entenda como a crise internacional pode atingir seu bolso 

Fonte: IG

Se você acompanha a crise na Europa com o desinteresse de quem não tem nada a temer com as notícias ruins que chegam do outro lado do oceano, é bom saber que o Brasil não está imune ao clima de incerteza que atinge os mercados do mundo inteiro. As dificuldades enfrentadas por países como Grécia, Portugal e Itália e o complicado cenário político-econômico nos Estados Unidos podem, em algum momento, atingir seu bolso.

Prejuízos no mercado de ações, viagens internacionais adiadas ou canceladas, endividamento e até mesmo a perda do emprego estão entre os possíveis efeitos da crise internacional na vida do brasileiro.

“Muitas pessoas, ao acompanharem o noticiário, perguntam de maneira irônica o que a Grécia tem a ver com o Brasil, sem levar em consideração o fato de que a economia global hoje está completamente interligada. Se o cenário econômico internacional se deteriorar, é possível que tenhamos que enfrentar fenômenos semelhantes aos vivenciados em 2008”, diz Creomar Lima de Souza, professor de Relações Internacionais no Ibmec Brasília e especialista em economia internacional e dos EUA.

Quem sentiu na pele os efeitos da crise de 2008 não tem dúvidas de que os brasileiros têm muito a perder diante de um tropeço na economia europeia ou americana. É o caso da ex-gerente de recrutamento e seleção de uma consultoria internacional presente no Brasil. A crise atingiu em cheio a empresa, que demitiu quase 20% de seu quadro de funcionários entre o final de 2008 e o início de 2009.

À época liderando um time de profissionais orientados para selecionar novos funcionários, a executiva não apenas teve que suspender novas contratações, como acabou também sendo vítima dos cortes realizados pela consultoria. “De uma hora para outra, a empresa paralisou os planos de expansão e começou a demitir, eliminando vagas em todas as áreas e cargos, incluindo boa parte da equipe de Recursos Humanos”, diz a executiva, que prefere não se identificar.

Ainda é cedo para prever movimento semelhante, mas a luz de alerta está acessa em grande parte das empresas, diz o consultor em recrutamento e seleção de executivos, Luis Henrique Hartmann. “Ao menos por enquanto, não é possível falar em impactos significativos no mercado de trabalho brasileiro. Mas é óbvio que a crise na Europa pode, em algum momento, levar as empresas multinacionais a reduzirem os investimentos no Brasil. Na prática, isso implica não apenas na redução de novas oportunidades de trabalho e na diminuição de salários, mas também em demissões em massa”, diz Hartmann.

Em 2008, muitos investidores brasileiros – alguns já desempregados - tiveram que lidar também com perdas significativas no mercado de ações em 2008. Em questão de meses, o ex-executivo de uma empresa de telecomunicações perdeu o emprego e mais de 50% de seu patrimônio investido na Bolsa de Valores.

“A crise de 2008 me pegou de surpresa e, de uma hora para outra, me vi sem emprego e com apenas metade do dinheiro que levei uma vida para economizar. Após meses de procura, encontrei uma nova colocação e consegui manter as finanças em dia. Mas o fato é que, quase quatro anos depois, ainda não consegui recuperar meu antigo padrão de vida”, conta o executivo.

Brasileiros precisam poupar dinheiro e evitar dívidas

Diante do cenário atual e do histórico de efeitos da crise americana sobre o Brasil em 2008, os especialistas em finanças recomendam cautela. “A capacidade da economia brasileira de reagir não está clara e ninguém é capaz de prever se a crise pode contaminar todos os países da zona do euro. Tampouco se sabe se o presidente Barack Obama será bem sucedido em sua tentativa de reduzir o déficit americano. A incerteza é muito grande e não é aconselhável se arriscar nesse momento”, afirma Leandro Ruschel, especialista em mercado financeiro.

Em momentos de grande instabilidade, é essencial conter os gastos pessoais, resume o coordenador dos cursos de Gestão Financeira e Ciências Contábeis da Veris Faculdade, Fabrício Ferreira. Definitivamente, diz ele, não é o momento de se comprometer com dívidas de longo prazo, como compras de imóveis e veículos. “A hora é de economizar e aumentar a reserva de recursos para eventuais emergências, como a perda do emprego”, afirma.

Longas viagens internacionais também estão na lista de gastos que devem ser evitados nesse momento, sobretudo se a ideia for utilizar o cartão de crédito como principal meio de pagamento . Com a instabilidade do câmbio, alerta Ferreira, o consumidor pode ter uma surpresa bastante desagradável no fechamento da fatura.

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