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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Expulsão: É como sentir a morte, diz padre Miracapillo

Expulsão: É como sentir a morte, diz padre Miracapillo

Do G1 PE - Katherine Coutinho



“Quando eu entrei no avião para ir embora, me perguntava quando poderia e se poderia voltar. Foi um grande sofrimento para mim e para o povo de Ribeirão. Foi como sentir a morte”. A justiça foi feita. Foi essa a sensação que o padre Vito Miracapillo teve quando soube que poderia revalidar seu visto permanente no Brasil. O padre, que vem todos os anos a Pernambuco, chegou na noite de terça-feira (3), sendo recebido com festa pelos amigos de Ribeirão, cidade da Mata Sul de Pernambuco onde foi pároco, antes de ser expulso do Brasil em outubro de 1980.

Na próxima semana, Miracapillo deve se apresentar às autoridades competentes com os documentos para dar continuidade à revalidação do visto. “Eu estou em casa no Brasil, me sinto em casa. Durante os anos que fiquei sem poder vir, recebi centenas de brasileiros em minha casa na Itália, que me traziam notícias”, lembra o padre, que espera poder voltar a trabalhar no país.

Pároco atual da cidade de Canosa, próxima à sua cidade natal, Andria, no sul da Itália, Miracapillo tem um amor especial pelo Brasil e pelo povo da região da Mata Sul de Pernambuco. “Eu já disse várias vezes que amo o povo brasileiro, mas a minha vinda para esse país foi uma escolha de vida. Eu estava na escola de teologia em Verona, na Itália, que prepara os padres para a América Latina quando escolhi estudar o Brasil e decidi que era aqui que eu queria executar a minha missão”, conta.

Voltar a trabalhar no Brasil depende da aprovação do bispo ao qual é submetido da Itália, fato que ainda precisa ser melhor conversado, segundo o padre. No dia 13 de janeiro, o padre deve ir a Palmares, para a comemoração das bodas de ouro da fundação da diocese.

Mágoas
“Eu chorei quando fui embora, mas desde aquela época eu perdoei todos aqueles envolvidos na minha expulsão. Eu disse ao capitão que me interrogou que não tinha nada contra ele. Meu problema era com a ditadura, o sistema, não as pessoas. Não guardo raiva, nem mágoa no coração”, explica Miracapillo.
Escrito por Magno Martins, às 05h40

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