DE SÃO PAULO
A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Araraquara (273 km de São Paulo) entrou na segunda-feira (3) com uma ação civil pública contra o universitário Daniel Prado de Souza, apontado como criador de uma página na internet que incentivava o "Rodeio das Gordas".
A acusação pede que o rapaz seja condenado a pagar 50 salários mínimos por danos morais, devido a sua conduta "preconceituosa e discriminatória".
O "Rodeio das Gordas" foi criado durante o Interunesp --evento que reúne universitários da Unesp--, realizado em Araraquara, em outubro do ano passado. O objetivo era agarrar alunas, de preferências as obesas, e tentar simular um rodeio --ficando o maior tempo possível sobre a presa.
Outros dois jovens envolvidos no "rodeio" assinaram um TAC (Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público e se comprometeram a doar 20 salários mínimos cada um a três instituições de prevenção e combate à dependência química e violência de gênero.
Os três rapazes são, de acordo com o Ministério Público, os criadores de uma página no Orkut, intitulada "Rodeio das Gordas", na qual eram estabelecidas regras para o "torneio", bem como premiação para o que fosse considerado o melhor "montador de gordas".
De acordo com a Promotoria, a conduta dos participantes e realizadores do "rodeio" "expôs a situação humilhante e vexatória inúmeras alunas participantes do evento, exclusivamente porque não correspondiam aos padrões de peso considerados ideais".
O órgão também considerou que eles praticaram violência contra a mulher, infringindo os conceitos e preceitos da Lei Maria da Penha.
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