Ministério do Trabalho: o homem da mala
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ISTOÉ - Cláudio Dantas Sequeira
Nas duas últimas semanas, a Polícia Federal realizou uma devassa em computadores e arquivos de funcionários do Ministério do Trabalho. Estão sendo investigadas as vendas de cartas sindicais, denunciadas por ISTOÉ desde o início de agosto.
Ao olhar com lupa as negociatas dentro do gabinete da Secretaria de Relações do Trabalho, importante órgão do ministério comandado por Carlos Lupi, a PF identificou, dentre os principais suspeitos, um delegado aposentado da própria PF. Trata-se de Eudes da Silva Carneiro, lotado como assessor da secretária de Relações do Trabalho, Zilmara Costa.
Ele chegou ao cargo pelas mãos do ex-secretário Luiz Antonio de Medeiros e continua operando sob suas ordens. Um importante depoimento que a PF pretende colher nos próximos dias é o do sindicalista Irmar Batista, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp).
Ele acusa o ex-policial Eudes Carneiro de cobrar para conceder o registro sindical de sua entidade. “O Eudes me disse: ‘Você sabe como as coisas funcionam aqui, né?’ Falou que precisava do dinheiro para a equipe e me pediu R$ 1 milhão”, afirma.
O encontro teria ocorrido em outubro de 2008 na sala de reuniões da Secretaria de Relações do Trabalho e em circunstâncias bem semelhantes às denunciadas pelo sindicalista João Carlos Cortez, na edição de 23 de novembro de ISTOÉ. “O Eudes pegava o dinheiro e distribuía. É o homem da mala”, diz Irmar Batista. Continue lendo na ISTOÉ.
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